A Associação Nacional de Professores (ANP) discorda da proposta do Governo de criar um delegado de segurança nas escolas. O presidente da ANP considera “mais útil a criação de uma comissão alargada” que inclua, para além da escola, a comunidade social. Devendo ter os pais um papel fundamental.
“Para ultrapassar as situações de violência nas escolas é preciso o envolvimento de todos”, inclusive – reforçou João Grancho – chamar os alunos à solução do problema. Este responsável não deixou de enfatizar que “cada aluno transporta [para a escola] o seu percurso familiar e social”, para fazer entender que é na prevenção que se deve actuar.
João Grancho falou ontem a O PRIMEIRO DE JANEIRO a propósito da problemática da segurança na escola, tendo como ponto de partida o encontro que hoje aborda esta e outras questões da vida nas escolas. O fórum, que decorre na Casa das Artes de Famalicão, conta ainda com um espaço de apresentação de propostas sobre «Convivência na Escola».
O presidente da associação lembrou o que considerou “um passo importante” o facto de o Programa Escola Segura ter actualmente “uma intervenção dentro da escola”, numa acção mais próxima dos problemas dentro da comunidade escolar, ultrapassando o que inicialmente foi o objectivo do projecto, proteger os alunos dos perigos externos.
“Aliar os saberes de uns e a prática de outros” é o passo a seguir, uma aliança de competências na mediação de conflitos, na análise do clima nas escolas e nas aulas, numa tarefa que caberá a especialistas de várias áreas.
O encontro, com entrada livre e organizado pela ANP e pela autarquia, conta com a presença de especialistas espanhóis numa tentativa – explicou o presidente da ANP – de partilhar conhecimentos e “aprender uns com os outros”.
Nomeadamente – adiantou, sem querer fazer muitas revelações – abordar os observatórios da convivência nas escolas que existem em Espanha, “numa perspectiva preventiva e positiva”, especificou João Grancho.
Isabel Fernandes
JN On-Line
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